Este foi um tema que não pensei muito enquanto estive grávida. Na altura pensava nisso e logo se via.
Quando a bebocas nasceu pegou muito bem na maminha e eu pensei que se desse de mamar seria mais prático e uma vez que o meu marido ía para Angola passado uma semana do nascimento nem dava para equacionar dar o biberão à vez.
Mas passadas 17 horas do parto, devido a uma hemorragia, tive de ir para o bloco operatório e como apanhou a hora dela comer deram-lhe leite adaptado e de biberão. Resultado? Ela não voltou a pegar na maminha.
Ainda tentei com muito afinco, que ela voltasse a pegar, fomos à maternidade Alfredo da Costa e à Estefânia para me fazerem massagens e a tentar que ela pegasse mas foi em vão. Ela chorava, eu chorava e foi a experiência mais dolorosa que já tive até hoje (cada um tem as suas e para mim o parto foi rápido, simples e nem epidural levei). Não houve creme, protectores de mamilos, bomba eléctrica nem coisa nenhuma que me tivesse ajudado a melhorar a experiência.
Assim que decidi não tentar mais, tinha ela uma semana e meia, e começar a dar o leite adaptado as coisas foram muito mais tranquilas, calmas e um momento de partilha entre as duas. Por isso, podem-me dizer que o leite materno é o melhor, que a amamentação ajuda a criar laços mais fortes e por aí adiante mas sinceramente cada mulher sabe de si, do seu corpo e do que quer e penso que as escolhas se devem respeitar (e garantir que a mulher está devidamente informada sobre os assuntos). Assim que comecei a dar biberão o momento de comer passou a ser um momento de prazer para as duas, ninguém chorava e estávamos as duas a curtir o momento.
Para secar o leite (que era bastante) tomei parlodel durante dezoito dias seguidos e dei-me muito bem. É um medicamento com muitos efeitos secundários e daí dizer que a mulher deve estar bem informada mas felizmente eu não senti nenhum.
Numa próxima gravidez logo se vê como irá correr mas no presente digo, a minha experiência com a amamentação não me deixou saudades.